O presidente do Sindimagem, Marcelo Lauar, e a presidente do Sindilabs-GO, Christiane do Valle, participaram ontem, 15 de setembro, de uma reunião com representantes dos usuários do Ipasgo (Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás). A reunião aconteceu na sede do Sindipúblico (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás) e contou com as presenças de diretores de outros dez sindicatos e associações: Assego, Sintego, Ugopoci, APPB, Astego, Sindgestor, Sindsaúde, Sindjustiça, Unimil e Sindaf.
No encontro, eles discutiram os cortes nos atendimentos aos mais de 600 mil usuários do Instituto devido ao contingenciamento dos recursos no montante de R$ 406 milhões em 2021.
Foi ressaltado que, apesar de ser uma autarquia, as fontes de custeio e receitas do Ipasgo são originárias dos usuários, ou seja, recursos privados. O presidente do Conselho Deliberativo do Ipasgo, Luís Cláudio Coelho de Jesus, informou que o Instituto é superavitário e possui recursos em caixa. “O Ipasgo tem condições de manter e melhorar o serviço que presta a seus usuários atualmente”, destaca.
De acordo com informações do presidente do Ipasgo, Hélio Lopes, a determinação da Secretaria da Economia é para que o orçamento de 2021, 2022 e 2023 do Ipasgo seja limitado a R$1,3 bi/ano, em decorrência do ingresso de Goiás no regime de recuperação fiscal.
O orçamento aprovado para este ano era R$ 1.708 bilhão, o que garantia atender à demanda dos usuários. Com essa medida anunciada de contingenciamento, o Ipasgo reduziu os atendimentos eletivos em 50% com a o corte nas cotas de hospitais, laboratórios e demais prestadores de serviços.
Presidente do Sindipúblico, Nylo Sérgio diz que os mais de 600 mil usuários do Ipasgo fazem as suas contribuições pontualmente, e hoje sofrem com a redução de cotas em procedimentos eletivos. “Defendemos que o instituto não tenha o contingenciamento em seu orçamento, tendo em vista que não tem dinheiro público no Ipasgo. Com o orçamento contingenciado pelo governo e Secretaria da Economia, vidas estão em risco pela falta da prestação dos serviços de saúde”, lamenta.
A deliberação das entidades presentes na reunião é que o Ipasgo seja excepcionalizado do contingenciamento do governo para garantir uma prestação de serviço de saúde com qualidade para todos os seus usuários. (Com informações: Sindipúblico)