O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) emitiram uma nota técnica a respeito de possíveis surgimentos de linfonodopatias axilares, vistos em exames de mamografia, em mulheres que foram vacinadas contra a Covid-19.
O documento apresentou estudos que verificaram que, na vacina Moderna (ainda não utilizada no Brasil), a linfonodopatia axilar foi o segundo efeito adverso mais relatado. Já para o imunizante da Pfizer-BioNTech (usado no Brasil), não houve casos do problema identificados.
Contudo, as entidades, orientaram seguir as condutas:
– Realizar a anamnese e verificar o status da vacinação da paciente, com data e lateralidade da imunização, assim como tipo de vacina recebida;
– Agendar os exames de rastreamento para câncer de mama (pacientes assintomáticas) antes da primeira dose ou após 4 semanas da segunda dose da vacina;
– No caso de detecção de linfonodopatia axilar unilateral em mulheres que receberam a vacina contra a Covid-19 nas últimas 4 semanas (ipsilateral ao lado da imunização), sem lesão mamária suspeita concomitante, sugere-se classificar como provavelmente benigno (BI-RADS 3) e recomendar controle após 4 a 12 semanas da segunda dose da vacina. No caso de persistência, considerar biópsia do linfonodo para excluir malignidade mamária ou extramamária.