O Sindimagem promoveu hoje, 19, uma apresentação online para diretores e gestores de clínicas filiadas sobre como os indicadores financeiros podem auxiliar na gestão e na qualidade das clínicas e porque a área comercial precisa ser resiliente, eficiente e eficaz.
Os assuntos foram abordados pelo gestor financeiro e gestor de saúde Carlos Santos e pelo administrador de empresas e gestor estratégico de negócios Leonardo Costa, ambos com ampla experiência na área da saúde.
Carlos destacou que a qualidade vem se tornando cada vez mais importante entre as clínicas, principalmente após a implantação do Fator de Qualidade pela ANS, em 2019. Com a aplicação do fator, os prestadores podem pleitear reajustes acima do IPCA de acordo com a sua qualificação atestada por selo de acreditação ou o atendimento de requisitos da RN 436/2018, também da ANS.
Porém, o especialista alertou que algumas clínicas estão minimizando a acreditação, buscando esse reconhecimento visando apenas a divulgação nas redes sociais, sem entender que esse é um importante instrumento de aferição da qualidade dos serviços e de diretriz para a sua melhoria, o que resulta em mais segurança para os pacientes e pode impactar também a melhoria da remuneração das empresas.
Qualidade
O palestrante apresentou alguns conceitos de qualidade, enfatizando ser a qualidade o resultado de uma relação entre a expectativa do paciente e o serviço prestado. “Quando a expectativa não é atendida, o paciente fica frustrado e tem uma baixa percepção da qualidade da empresa”, disse.
Ele também enfatizou a importância de as clínicas conhecerem e monitorarem seus indicadores financeiros, como os custos dos exames e o giro de caixa, pois são essenciais para a gestão financeira da empresa e impactam em sua política comercial.
Desafio
Leonardo observou que, na área da saúde, a gestão financeira é ainda mais desafiadora e o gestor precisa ser resiliente e eficiente par alcançar resultados eficazes. Comunicação, habilidade, empatia, orientações para resultados, persistência, resiliência, perfil de negociador, proatividade, conhecer a área da saúde suplementar e sua regulamentação, conhecer a concorrência e acompanhar as tendências do mercado são algumas características que o profissional da área comercial deve ter para atuar na saúde, segundo Leonardo.
Mas a dúvida é: esse profissional está pronto e disponível no mercado? De acordo com o especialista, raramente, as empresas encontram o profissional pronto. A orientação é que capacitem suas equipes comerciais para atender às suas necessidades. A terceirização é uma opção, mas a empresa contratada deve ser especializada, como alertaram os palestrantes.
Parceria
A gestão comercial, de acordo com eles, passa também por outros fatores, como o relacionamento com os médicos e clientes, a prospecção de mercado, o monitoramento dos contratos e a análise do impacto financeiro de cada negociação. E esse ciclo, afirmaram, deve ser revisado e atualizado periodicamente.
Ao final da apresentação, os palestrantes responderam dúvidas do público e apresentaram o trabalho da empresa deles, que tem projetos focados na área de gestão de instituições de saúde, como a capacitação da equipe comercial e outros serviços. Além das vantagens oferecidas a filiados do Sindimagem, a empresa trabalha com valores adequados ao porte e à demanda de cada clínica.
