Presidente do Sindimagem participa de plenária do Cremego sobre mamografia

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) promoveu ontem, 12, uma plenária temática para um debate sobre a qualidade dos exames de imagem na mastologia, especialmente a mamografia.

O presidente Marcelo Lauar representou o Sindimagem no evento, que contou com as presenças do presidente do Conselho, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, conselheiros e diretores do Cremego, médicos mastologistas, ginecologistas e radiologistas que atuam nas redes pública e privada de saúde.

O envio de laudos de mamografia aos médicos assistentes sem o filme com as imagens do exame ou com essas imagens reduzidas, com até quatro impressas em uma folha, foi a principal queixa dos mastologistas.

A conselheira e médica ginecologista e obstetra Rosemar Macedo relatou o problema, ressaltando que a entrega dos exames apenas com o laudo em papel ou com as imagens reduzidas compromete a avaliação dos resultados.

“Quando eu vejo uma lesão no exame, sem deixá-la para a mamografia do ano seguinte, eu estou protegendo essa paciente e o colega que laudou, para não ter um problema ético-profissional”, relatou.

Ela citou que, de acordo com o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), o radiologista pode encaminhar as imagens digitais ao médico assistente, mas nem todos os médicos, em seus ambientes de trabalho, têm estrutura para a leitura dos exames neste formato.

O presidente do Sindimagem concordou com o pleito de envio do filme das imagens aos médicos. “A mamografia é um exame sensível, com uma técnica ideal para fazê-lo. O arquivamento em CD e DVD não gera a resolução adequada. O melhor é ter uma dupla leitura na clínica de imagem e, depois, uma terceira leitura do mastologista. Quando tiramos do mastologista essa função, estamos prejudicando o paciente. A nossa posição, no Sindimagem, é que o exame de mamografia tem que ser entregue em filme”, afirmou.

Os participantes também ressaltaram a importância das imagens em filme para a condução do caso, como o encaminhamento da paciente para a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

O custo financeiro com a impressão da mamografia em filme, de acordo com os participantes, seja qual for ainda é inferior aos gastos com o tratamento de uma paciente diagnosticada com câncer de mama em estágio avançando.

A plenária aprovou a elaboração de uma minuta pelo Cremego a respeito de uma possível obrigatoriedade da impressão da mamografia em filme. O documento será encaminhado ao Sindimagem, Sociedades de Mastologia e de Radiologia. Também foi proposto o debate desta futura resolução na esfera federal, uma vez que ainda não existe nenhuma norma do tipo.

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